25 de novembro de 2011

Curiosidades sobre O Despertar da Primavera Wendla Bergman

Quando conhecemos Wendla Bergman, uma garota de boa família na faixa dos 14 anos, ela está explorando com curiosidade as novas curvas de seu corpo. Segundo a mãe, Wendla está “desabrochando”, o que significa que terá de mudar o vestuário, e abandonar os vestidos leves e folgados em pró dos mais fechados e comportados. Mas com a idade vem também questionamentos, quando o mundo que nos foi apresentado quando éramos crianças parece ir muito mais além do que nos foi dito. Ao descobrir que se tornou tia pela segunda vez, Wendla resolve perguntar à mãe de onde vem os bebês (a justificativa da matriarca – de que os recém-nascidos eram trazidos por cegonhas – não colava mais). Encabulada, a mãe inventa outra explicação tão irreal quanto a anterior para encobrir o assunto. Tudo para preservar este universo de conto-de-fadas em que Wendla parece viver. Só que isso já não basta para a menina. Ela sente um vazio interno, ainda mais quando confrontada com problemas de uma seriedade que desconhece (como quando descobre que uma amiga apanha do pai). Para completar, vai se aproximar de Melchior Gabor, com quem brincava desde pequena, mas a quem passou a ver com outros olhos depois de mocinha. Diante de Melchior, Wendla se vê surpresa por um sentimento que não compreende e que não sabe administrar – mas do qual também não consegue se desligar. Basta uma imprudência para que as coisas que Wendla não sabe voltem para assombrá-la. E uma heroína que tinha tudo para ser banal e irritante passa a importar para o público num nível pessoal. Aplausos para Aline Teixeira, de 18 anos, que encontrou o tom e se entregou corajosamente ao papel.

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